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Este é um espaço aberto e dinâmico para divulgar e compartilhar conhecimentos e práticas para o desenvolvimento sustentável.

PROJETO MACROPEDAGÓGICO 2009

FORMAÇÃO
do indivíduo
TRANSFORMAÇÃO
da sociedade

sábado, 12 de setembro de 2009



Bioma Cerrado

O bioma Cerrado contém uma das mais ricas floras dentre as savanas mundiais, este abrange uma vasta extensão territorial ocupando mais de 20 graus de latitude e 10 graus de longitude e, contém as três maiores bacias hidrográficas sul-americanas. No entanto, seus ambientes naturais estão sendo rapidamente convertidos em pastagens e cultivos agrícolas. Por essas razões este foi identificado como um dos mais ricos e ameaçados ecossistemas mundiais. O bioma Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos Estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados. É o segundo maior bioma brasileiro e encontra-se bastante ameaçado pela franca expansão agrícola, assim como pelo processo de urbanização. Uma das particularidades desse bioma é que, apesar de apresentar uma vegetação de dossel mais baixo, dependendo de suas variações, com árvores tortas, troncos e galhos revestidos por uma camada mais grossa e seca, ocorre em região rica em água subterrânea, portanto a aparência das árvores e dos arbustos é mais uma proteção contra as temperaturas mais elevadas e a baixa umidade relativa do ar. Está entre os biomas de maior biodiversidade brasileira.




A fauna do Cerrado é composta por várias espécies de répteis, mamíferos, anfíbios, insetos, peixes e aves. Com relação à mastofauna do Cerrado ela apresenta cerca de 194 espécies sendo 18 endêmicas, ou seja, são aquelas espécies que são encontradas apenas no Cerrado, como exemplo o tatu canastra, cachorro vinagre, tamanduá bandeira e outros que também estão na lista de animais ameaçados de extinção devido ao desmatamento do Cerrado para a produção de grãos, com isso destruindo o seu habitat natural. Por apresentar diferentes fitofisionomia o Cerrado possui uma grande diversidade de anfíbios e répteis. Estudos já realizados em diversos pontos do bioma já registraram aproximadamente 113 espécies de anfíbios sendo 32 endêmicas, no caso dos répteis já foram catalogadas 115 espécies de serpentes sendo, 59 lagartos e 25 anfisbena. Estes números são revisados a cada ano com novas espécies de répteis e anfíbios descritas por pesquisadores do mundo inteiro. Das 1.796 espécies de aves que são encontradas no Brasil, cerca de 837 ocorrem no bioma Cerrado, por ser um considerável número de exemplares são poucas as espécies endêmicas chegando a 32. Algumas são bem conhecidas o soldadinho (Antilophia galeata) encontrado em mata de galeria, o tiziu (Volatina jacarina), a seriema (Cariama cristata ), a gralha-do-campo ( Cyanocorax cristatellus ), o papagaio-galego ( Amazona xanthops ) a ema ( Rhea americana), o bem-te-vi ( Pitangus sulphuratus ), a corruíra ( Troglodytes aedon ).







A relação que há entre os organismos vivos e os recursos naturais em todos os níveis da matéria, orgânica ou não, acontece de forma bastante harmoniosa. Grande parte da humanidade, baseada em um conceito individualista e capitalista tem colocado a frente dos interesses mundiais um modelo de sociedade de consumo que não traz ao meio ambiente, e consequentemente à sociedade, nenhum benefício. Atualmente temos observado o crescimento do idealismo ambiental se espalhando por diversos paises com a bandeira de que devemos rever os mecanismos de utilização dos recursos ambientais, desenvolver técnicas, ferrramentas, modelos de gestão e projetos que tornem sustentáveis a interação do Homem com a natureza. O maior paradigma do século XXI, considerado por vários especialistas, é a causa ambiental. O Brasil possui seis biomas continentais mais o bioma marinho. Todos juntos representam um quinto de toda a biodiversidade mundial. Sendo mais preciso, o Brasil é dono da maior biodiversidade do mundo! É o país com o maior volume de água continental do planeta, com o maior índice de espécies únicas e com milhões de kilometros de florestas distribuídas pelos seus diversos tipos de biomas, entre eles o Cerrado. Em 2007 o Brasil atingiu no ranking dos países mais ricos do mundo o 8º lugar. Aproximadamente 50% do nosso PIB (Produto Interno Bruto) é baseado na biodiversidade. Essa relação desproporcional de consumo mundial e degradação ambiental deve ser revista. O Brasil possui as melhores leis ambientais do mundo e é com certeza um dos maiores atores ambientais mundial se comparado aos países industrializados. No entanto, tudo que já foi feito é pouco comparado a demanda por recursos naturais. O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, é parte desse contexto ambiental. Entende-se por bioma um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria. A relação do ser humano com o cerrado é desastrosa. Atualmente já perdeu mais da metade de sua cobertura inicial. A taxa atual de desmatamento atinge níveis alarmantes de preocupação, o que o coloca entre os 25 biomas mais ameaçados do mundo. Ao contrario do que muitos pensam, o Cerrado é a savana mais rica em biodiversidade do mundo, possuindo milhões de espécies vegetais e animais, contribui enormemente para a formação das três principais bacias hidrográficas do país, como também para a formação de outros muitos rios. Baseado na idéia de conservar, defender e pesquisar o bioma Cerrado e sua relação com sociedade, o Instituto Cerrado de Conservação e Pesquisa foi criado e desempenha atividades diversas que fortalece a sua missão conservacionista, defendendo fielmente que a conservação está dentro de cada um de nós

Distribuição do Cerrado



O cerrado é a segunda maior região biogeográfica do Brasil, se estende por 25% do território nacional, cerca de 200 milhões de hectares (4), englobando 12 estados. Sua área "core", ou nuclear, ocupa toda a área do Brasil central, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a região sul de Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal.


Prolongações da área "core" do cerrado, denominadas áreas marginais, estendem-se, em direção ao norte do país, alcançando a região centro-sul do Maranhão e norte do Piauí, para oeste, até Rondônia, existem ainda fragmentos desta vegetação, formando as áreas disjuntas do cerrado, que ocupam 1/5 do estado de São Paulo, e os estados de Rondônia e Amapá.

Podem ser encontradas ainda manchas de Cerrado incrustadas na região da caatinga, floresta atlântica e floresta amazônica.

Devido a sua localização, o cerrado, compartilha espécimes com a maioria dos biomas brasileiros (floresta amazônica, caatinga e floresta atlântica). devido a esse fato possui uma biodiversidade comparável a da floresta amazônica. Contudo devido ao alto grau de endemismo, cerca de 45% de suas espécies são exclusivas de algumas regiões (4), e a ocupação desordenada e destrutiva de sua área o cerrado é hoje o ecossistema brasileiro que mais sofre agressões por parte do "desenvolvimento".

Características do Cerrado




A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da biota brasileira e 5% da flora e fauna mundiais.É caracterizada por uma vegetação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e árvores esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos, caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição.

Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para formação do Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas a ambientes áridos, folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente suberizado, etc. Contudo apesar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do cerrado situa-se em regiões com precipitação média anula de 1500 mm, estações bem definidas, em média com 6 meses de seca, solos extremamente ácidos, profundos, com deficiência nutricional e alto teor de alumínio.
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação são:
TIPOS DE INTERFLÚVIO
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado, composta por exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas e espécies semi-arbustivas.
Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspecto fechado a esta vegetação.
Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou fechada. Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de um substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se deparar com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa. Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos, liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob penhascos e morros rochosos.
TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D'ÁGUA
Florestas de galerias e florestas de encosta associadas - são tipos de vegetação que ocorrem de modo adjacente, estão associados a proximidade do lençol freático da superfície do solo. Assim como as florestas mesofíticas, constituem um tipo florestal, contudo estão situadas sob solos mais férteis e com maior disponibilidade hídrica, o que lhes atribui uma característica mais densa.
Buritizais e veredas - ocorrem nos fundos vales em áreas inundadas, inviáveis para o desenvolvimento das florestas de galerias. São caracterizados pela presença dos denominados "brejos" e a ocorrência de agrupamento de exemplares de buriti (Mauritia vinifera M.), nas áreas mais úmidas, e babaçu (Orbignya barbosiana B) e carnaúba (Copernicia prunifera M), em éreas mais secas.
Campo úmido - caracterizado por um campo limpo, com raras espécimes arbóreas, que permanece encharcado durante a época chuvosa e ressecado na estação seca, ou no final desta, em geral constitui uma área de transição que separa a floresta de galeria ou vereda do cerrado de interflúvio.

CERRADO

Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas - o cerrado. Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas. Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifolia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da sêca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifolias, mas a vegetação como um todo não.
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade .
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal.O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.

Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios



Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti

O fogo no Cerrado


Ao longo de toda sua extensão o Bioma Cerrado pode ser caracterizado basicamente pela predominância das formações de cerrado stricto sensu (savanas) na paisagem. Contudo, o bioma não é formado somente por savanas, também abrigando formações vegetais que vão de campos limpos a exuberantes florestas (que podem estar ou não associadas a cursos d’água). Mas qual seria, então, o fator responsável pela atual proporção entre as formações florestais, savânicas e campestres ao longo do bioma


Atualmente é amplamente aceito que clima, solos e fogo são altamente interativos nos seus efeitos sobre a vegetação no Bioma Cerrado. Apesar de fundamental importância, chuvas sazonais e baixa fertilidade de solo parecem ser insuficientes para explicar a presente distribuição da vegetação de savana ao longo do bioma. Por exemplo, vastas áreas no sudeste do Brasil com forte sazonalidade pluviométrica e solos com baixos teores de nutrientes (como o leste de Minas Gerais) têm uma cobertura contínua de florestas semidecíduas e não são ocupadas por cerrado.
O fogo assume, então, papel de fator chave para explicar a atual proporção entre as diferentes formações vegetais no bioma. Porém, dizer simplesmente que o fogo é um componente natural no Cerrado acaba por encobrir o principal responsável pela sua ocorrência na atualidade: o próprio homem, e deliberadamente na maior parte dos casos. - O fogo é natural do Cerrado VÍRGULA - A ocupação humana na região alterou drasticamente o regime natural das queimadas (época do ano e freqüência) trazendo conseqüências para estrutura da vegetação e sua composição florística. Não estamos falando aqui somente da ocupação pelos sertanejos contemporâneos. A literatura é abundante em evidências de que o homem toca fogo no Cerrado há pelo menos 10.000 anos.
Se parece razoável supor que raios são o principal agente causador de queimadas naturais, devemos considerar que sua maior incidência está concentrada durante a estação das chuvas, quando o teor de umidade na superfície do solo e na vegetação está bem mais elevado. Freqüência, intensidade e extensão das queimadas eram bem menores quando o fogo no Cerrado ocorria apenas (ou predominantemente) devido a causas naturais.
O fogo em alta freqüência tende a favorecer as fisionomias mais abertas, como os campos, onde há espécies que florescem e frutificam em abundância após as queimadas, nos proporcionando belos espetáculos. Entretanto, o esplendor pós-fogo proporcionado pela floração de algumas espécies ofusca a gradual perda de diversidade e drástica alteração na estrutura da vegetação que ocorrem quando as queimadas são muito freqüentes.


A expectativa, corroborada por estudos recentes, é de um aumento na cobertura vegetal se diminui a freqüência de fogo. Alta incidência de fogo (queimadas anuais ou bianuais, p.ex.) tende a manter a vegetação em estádios sucessionais mais iniciais. Não levar isto em consideração pode nos induzir ao erro em trabalhos de caracterização voltada ao manejo ou conservação da flora. São muitos os locais onde poderíamos encontrar matas semideciduais no lugar de atuais fisionomias de cerrado (savana), locais onde haveria cerrados mais densos ou até cerradões, onde hoje se vê campos e cerrados ralos. Isto nos é mostrado claramente quando associamos flora, estrutura da vegetação e histórico do fogo no local. Indivíduos de espécies tipicamente arbóreas podem ser mantidos como um arbusto de poucos centímetros de altura, se lhe pegam fogo todos os anos.



Os planos e ações de prevenção e controle do fogo normalmente são desarticuladas, as campanhas publicitárias de conscientização veiculadas nos grande meios de comunicação parecem errar o alvo, pois são focadas nos “motoristas descuidados”. O trabalho das brigadas de incêndio torna-se inglório, pois, por mais fogo que se apague mais fogo virá. Está claro para mim que a maneira mais eficiente de combater as queimadas é antes que elas ocorram, por meio de programas e ações de educação em várias frentes. O que pode ser feito com a formulação de políticas públicas integradas, incorporando a questão das causas e efeitos do fogo no Cerrado, que contemplem e articulem os diversos agentes na região e suas respectivas unidades de gestão (sejam propriedades particulares, unidades de conservação, municípios, etc.). Ninguém vai resolver sozinho o problema das queimadas, pois como se diz: o fogo anda e todos temos vizinhos.




Referências e sugestões bibliográficas:
Hoffmann, W.A. & Moreira, A.G. 2002. The Role of Fire in Population Dynamics of Woody Plants. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 159-177. Nova York. Columbia University Press.
Ledru, M. 2002. Late Quaternary History and Evolution of the Cerrados as Revealed by Palinological Records. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 33-50. Nova York. Columbia University Press.
Miranda, H. S. 2000. Queimadas de Cerrado: Caracterização e impactos na vegetação. In Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF, pp.133-149. Brasília: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Miranda, H. S., E. P. Rocha e Silva, e A. C. Miranda. 1996. Comportamento do fogo em queimadas de campo sujo. In H. S. Miranda, C. H. Saito e B. F. S. Dias, eds., Impactos de Queimadas em Áreas de Cerrado e Restinga, pp1-10. Brasília: ECL/Universidade de Brasília.
Miranda, H. S., Bustamante, M. M. C. & Miranda, A. C. 2002. The Fire Factor. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 51-68. Nova York. Columbia University Press.

Cerrado


De maneira geral e simplificada, o termo cerrado pode ser empregado com dois sentidos diferentes. Um deles diz respeito ao segundo maior bioma do Brasil, com cerca de 2.000.000 Km2, que deve ser escrito com letra maiúscula - Cerrado. O termo cerrado também é empregado para designar localmente as savanas, formações vegetais que predominam na paisagem do bioma.


Savana é o nome dado às formações vegetais que apresentam árvores retorcidas, não muito altas, em meio a um extenso "capinzal" rasteiro. Além de abrigar o conjunto de savanas com maior biodiversidade do planeta, o bioma Cerrado é um mosaico composto por formações vegetais que vão de campos limpos a diversos tipos de florestas.


Quando falamos "cerrado stricto sensu" estamos nos referindo apenas às formações savânicas, já o termo "cerrado lato sensu" abrange, as formações campestres até os cerradões, incluindo as savanas.


Para aprofundar os estudos sobre as caracterizações e propostas de classificações para fitofisionomias do Cerrado leia:


Ribeiro, J.F.; Walter, B.M.T., 1998. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In Cerrado: Ambiente e Flora. Planaltina: EMPRAPA-CPAC, 1998. pp. 89-166.
Oliveira-Filho, A.T. & Ratter, J.A., 2002. Vegetation Physiognomies and Woody Flora of the Cerrado Biome. In Oliveira, P.S. & Marquis, R.J. The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna. New York. Columbia University Press
"Não temos nas mãos, a solução para todos os problemas do mundo, mas diante dos problemas do mundo,temos nossas mãos".

Autor desconhecido

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Planejamento da feira


Passamos um dia bem gostoso













sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sustentabilidade


Nunca antes se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nos dias atuais: Sustentabilidade.

Mas, afinal de contas, o que é sustentabilidade?


Segundo a Wikipédia: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”.


Mas você ainda pode pensar: “E que isso tudo pode significar na prática?”
Podemos dizer “na prática”, que esse conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. Pode parecer um conceito difícil de ser implementado e, em muitos casos, economicamente inviável. No entanto, não é bem assim. Mesmo nas atividades humanas altamente impactantes no meio ambiente como a mineração; a extração vegetal, a agricultura em larga escala; a fabricação de papel e celulose e todas as outras; a aplicação de práticas sustentáveis nesses empreendimentos; revelou-se economicamente viável e em muitos deles trouxe um fôlego financeiro extra.
Assim, as idéias de projetos empresariais que atendam aos parâmetros de sustentabilidade, começaram a multiplicar-se e a espalhar-se por vários lugares antes degradados do planeta. Muitas comunidades que antes viviam sofrendo com doenças de todo tipo; provocadas por indústrias poluidoras instaladas em suas vizinhanças viram sua qualidade de vida ser gradativamente recuperada e melhorada ao longo do desenvolvimento desses
projetos sustentáveis. Da mesma forma, áreas que antes eram consideradas meramente extrativistas e que estavam condenadas ao extermínio por práticas predatórias, hoje tem uma grande chance de se recuperarem após a adoção de projetos de exploração com fundamentos sólidos na sustentabilidade e na viabilidade de uma exploração não predatória dos recursos disponíveis. Da mesma forma, cuidando para que o envolvimento das comunidades viventes nessas regiões seja total e que elas ganhem algo com isso; todos ganham e cuidam para que os projetos atinjam o sucesso esperado.
A exploração e a extração de recursos com mais eficiência e com a garantia da possibilidade de recuperação das áreas degradadas é a chave para que a sustentabilidade seja uma prática exitosa e aplicada com muito mais freqüência aos grandes
empreendimentos. Preencher as necessidades humanas de recursos naturais e garantir a continuidade da biodiversidade local; além de manter, ou melhorar, a qualidade de vida das comunidades inclusas na área de extração desses recursos é um desafio permanente que deve ser vencido dia a dia. A seriedade e o acompanhamento das autoridades e entidades ambientais, bem como assegurar instrumentos fiscalizatórios e punitivos eficientes, darão ao conceito de sustentabilidade uma forma e um poder agregador de idéias e formador de opiniões ainda muito maior do que já existe nos dias atuais.
De uma forma simples, podemos afirmar que garantir a sustentabilidade de um projeto ou de uma região determinada; é dar garantias de que mesmo explorada essa área continuará a prover recursos e bem estar econômico e social para as comunidades que nela vivem por muitas e muitas gerações. Mantendo a força vital e a capacidade de regenerar-se mesmo diante da ação contínua e da presença atuante da mão humana




Consumo de energia


Alguns aparelhos consomem mais eletricidade que outros. Alguns aparelhos ficam mais tempo ligados.
Alguns aparelhos como a geladeira, embora permanentemente, ligados, só consomem energia quando o motor estiver funcionando. O motor só funciona para repor o frio.
Não há como calcular o consumo EXATO dos aparelhos. Uma geladeira em que a porta é aberta a toda hora consome mais energia. Uma geladeira em que acabamos de colocar uma dúzia de cervejas para gelar, vai gastar muito até conseguir gelar todas as garrafas. Durante a noite, não é comum a gente ficar abrindo a geladeira. Então o consumo é mínimo.
O aparelho de ar condicionado mesmo que ligado 24 horas, não funciona todo o tempo. Ele liga o compressor quando precisar resfriar o ar interno. Em dias em que a temperatura externa estiver quente, o condicionador vai ligar mais vezes. Em ambientes com poucas pessoas, ele vai ligar muito pouco. Em ambientes sem nenhuma pessoa o condicionador só vai ligar uma poucas vezes, se as paredes, teto e piso tiverem um bom isolamento térmico.
Em ambientes com muitas pessoas fazendo trabalhos braçais, haverá produção de muito calor. Então o condicionador vai ligar mais vezes. Cuidado em não ser enganado. Muitas pessoas falam que o condicionador de 1.000 Watts ligado todos os dias, por 8 horas por dia vai consumir 240 kWh (1.000X30X8/1000). Isso é uma grande besteira. Mesmo quando ligado, o compressor não fica o tempo todo funcionando.

Biopirataria


A biopirataria é a prática ilegal de exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país a outro, com finalidade já determinada, sendo esses direcionados à confecção de medicamentos ou cosméticos. Tal prática, além de causar prejuízos ao ecossistema de origem, pode bloquear o monitoramento de suas espécies bem como o reconhecimento desses pelas matérias-primas por ele fornecidas. A biopirataria marca um processo descontrolado de retiradas da natureza que a impede de suprir ou renovar o que dela foi tirado. Estima-se que milhões de animais e plantas são contrabandeados de países como o Brasil, Indonésia, China e Índia. A forma como as riquezas biológicas são expostas geram cada vez mais prejuízos à biodiversidade, pois muitos se passam por turistas ou cientistas bem intencionados e conseguem acesso aos índios, mateiros e matutos, esses que conhecem bem a finalidade de cada planta e de cada animal e suas peçonhas, passam todo seu conhecimento, perdendo assim o controle sobre esses recursos. No Brasil, a biopirataria se concentra, principalmente, na Amazônia e ainda na Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. Essas áreas, além de outras ricas em fauna e flora, dão ao país o título de maior biodiversidade mundial, o que chama a atenção dos biopiratas e de indústrias estrangeiras camufladas por traz desse tráfico. Em 1992, no Rio de Janeiro, foi anunciada e assinada a Convenção da Diversidade Biológica que busca regulamentar os recursos biológicos bem como a comercialização desses. Dessa forma, como mostrado em exemplo na Eco-92, existem inúmeros movimentos que se esforçam para manter a boa funcionalidade do ecossistema.

Biodiversidade



Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, espécies, populações e genes em uma área definida. A biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológicas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas temperados.


Diversidade biológica

" significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. (Artigo 2 da Convenção sobre Diversidade Biológica)


Mais claramente falando, diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à variedade de vida no planeta terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, hábitats e ecossistemas formados pelos organismos. Biodiversidade refere-se tanto ao número (riqueza) de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitabilidade) dessas categorias; e inclui variabilidade ao nível local (alfa diversidade), complementaridade biológica entre hábitats (beta diversidade) e variabilidade entre paisagens (gama diversidade). Biodiversidade inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes.


A Biodiversidade éuma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas, e fonte de imenso potencial de uso econômico. A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais e, também, a base para a estratégica indústria da biotecnologia. As funções ecológicas desempenhadas pela biodiversidade são ainda pouco compreendidas, muito embora considere-se que ela seja responsável pelos processos naturais e produtos fornecidos pelos ecossistemas e espécies que sustentam outras formas de vida e modificam a biosfera, tornando-a apropriada e segura para a vida. A diversidade biológica possui, além de seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo e estético. Com tamanha importância, é preciso evitar a perda da biodiversidade.

Impactos sobre a biodiversidade

Tanto a comunidade científica internacional quanto governos e entidades não-governamentais ambientalistas vêm alertando para a perda da diversidade biológica em todo o mundo, e, particularmente nas regiões tropicais. A degradação biótica que está afetando o planeta encontra raízes na condição humana contemporânea, agravada pelo crescimento explosivo da população humana e pela distribuição desigual da riqueza. A perda da diversidade biológica envolve aspectos sociais, econômicos, culturais e científicos.
Em anos recentes, a intervenção humana em hábitats que eram estáveis aumentou significativamente, gerando perdas maiores de biodiversidade. Biomas estão sendo ocupados, em diferentes escalas e velocidades. Áreas muito extensas de vegetação nativa foram devastadas no Cerrado do Brasil Central, na Caatinga e na Mata Atlântica. É necessário que sejam conhecidos os estoques dos vários hábitats naturais e dos modificados existentes no Brasil, de forma a desenvolver uma abordagem equilibrada entre conservação e utilização sustentável da diversidade biológica, considerando o modo de vida das populações locais.
Como resultado das pressões da ocupação humana na zona costeira, a Mata Atlântica, por exemplo, ficou reduzida a aproximadamente 10% de sua vegetação original. Na periferia da cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, são encontradas áreas com mais de 500 espécies de plantas por hectare, muitas dessas são árvores de grande porte, ainda não descritas pela ciência.


Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:
Perda e fragmentação dos hábitats;
Introdução de espécies e doenças exóticas;
Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
Contaminação do solo, água, e atmosfera por poluentes; e
Mudanças Climáticas.

As inter-relações das causas de perda de biodiversidade com a mudança do clima e o funcionamento dos ecossistemas apenas agora começam a ser vislumbradas.
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da diversidade biológica. Primeiro porque se acredita que a diversidade biológica seja uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas. Segundo porque se acredita que a diversidade biológica representa um imenso potencial de uso econômico, em especial pela biotecnologia. Terceiro porque se acredita que a diversidade biológica esteja se deteriorando, inclusive com aumento da taxa de extinção de espécies, devido ao impacto das atividades antrópicas.

O Princípio da Precaução, aprovado na Declaração do Rio durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - CNUMAD (Rio-92), estabelece que devemos agir já e de forma preventiva, ao invés de continuar acomodados aguardando a confirmação das previsões para então tomar medidas corretivas, em geral caras e ineficazes.

Riqueza de espécies

O Brasil tem uma área de 8,5 milhões km², ocupando quase a metade da América do Sul. Essa área possui várias zonas climáticas que incluem o trópico úmido no norte, o semi-árido no nordeste e áreas temperadas no sul. As diferenças climáticas contribuem para as diferenças ecológicas formando zonas biogeográficas distintas chamadas biomas. A maior floresta tropical úmida (Floresta Amazônica) e a maior planínice inundável (o Pantanal) do mundo se encontram nesses biomas, além do Cerrado (savanas e bosques), da Caatinga (florestas semi-áridas) e da Mata Atlântica (floresta tropical pluvial). O Brasil possui uma costa marinha de 3,5 milhões km² com uma variedade de ecossistemas que incluem recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos.

A variedade de biomas reflete a riqueza da flora e fauna brasileiras, tornando-as as mais diversas do mundo. Muitas das espécies brasileiras são exclusivas no mundo (endêmicas). O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. Diversas espécies de plantas de importância econômica mundial são originárias do Brasil, destacando-se dentre elas o abacaxi, o amendoim, a castanha do Brasil (também conhecida como castanha do Pará), a mandioca, o caju e a carnaúba.
O Brasil abriga o maior número de primatas com 55 espécies, o que corresponde a 24% do total mundial; de anfíbios com 516 espécies; e de animais vertebrados com 3.010 espécies de vertebrados vulneráveis, ou em perigo de extinção. O país conta também com a mais diversa flora do mundo, número superior a 55 mil espécies descritas, o que corresponde a 22% do total mundial. Possui por exemplo, a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 espécies) e de orquídeas (2.300 espécies). Possui também 3.000 espécies de peixes de água doce totalizando três vezes mais que qualquer outro país do mundo.


O Brasil é agraciado não só com a maior riqueza de espécies mas, também, com a mais alta taxa de endemismo. Uma em cada onze espécies de mamíferos existentes no mundo é encontrada no Brasil (522 espécies), juntamente com uma em cada seis espécies de aves (1.622), uma em cada quinze espécies de répteis (468), e uma em cada oito espécies de anfíbios (516). Muitas dessas são exclusivas para o Brasil, com 68 espécies endêmicas de mamíferos, 191 espécies endêmicas de aves, 172 espécies endêmicas de répteis e 294 espécies endêmicas de anfíbios. Esta riqueza de espécies corresponde a, pelo menos, 10% dos anfíbios e mamíferos e 17% das aves descritas em todo o planeta.


A composição total da biodiversidade brasileira não é conhecida e talvez nunca venha a ser, tal a sua magnitude e complexidade. Sabendo-se, entretanto, que para a maioria dos seres vivos o número de espécies no território nacional, na plataforma continental e nas águas jurisdicionais brasileiras é elevado, é fácil inferir que o número de espécies, tanto terrestres quanto marinhas, ainda não identificadas, pode alcançar valores da ordem de dezena de milhões no Brasil.
Apesar da riqueza de espécies nativas, a maior parte de nossas atividades econômicas está baseada em espécies exóticas. Nossa agricultura está baseada na cana-de-açúcar proveniente da Nova Guiné, no café da Etiópia, no arroz das Filipinas, na soja e na laranja da China, no cacau do México e no trigo da Ásia Menor. A silvicultura nacional depende de eucaliptos da Austrália e de pinheiros da América Central. A pecuária depende de bovinos da Índia, de eqüinos da Ásia Central e de capins Africanos. A piscicultura depende de carpas da China e de tilápias da África Oriental, e a apicultura está baseada em variedades da abelha-europa provenientes da Europa e da África Tropical.

É fundamental que o país intensifique a implementação de programas de pesquisa na busca de um melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira e continue a ter acesso aos recursos genéticos exóticos, também essenciais para o melhoramento da agricultura, pecuária, silvicultura e piscicultura nacionais.


Essa necessidade está ligada à importância que a biodiversidade ostenta na economia do país. Somente o setor da Agroindústria responde por cerca de 40% do PIB brasileiro , calculado em US$ 866 bilhões no ano de 1997), o setor florestal por 4% do PIB e o setor pesqueiro por 1% do PIB. Produtos da biodiversidade respondem por 31% das exportações brasileiras, especialmente destacando café, soja e laranja. As atividades de extrativismo florestal e pesqueiro empregam mais de três milhões de pessoas. A biomassa vegetal, contando o álcool da cana-de-açúcar e a lenha e o carvão derivados de florestas nativas e plantadas respondem por 30% da matriz energética nacional e em determinadas regiões, como o Nordeste, atendem a mais da metade da demanda energética industrial e residencial. Grande parte da população brasileira utiliza-se de plantas medicinais na solução de problemas corriqueiros de saúde. A diversidade biológica constitui, portanto, uma das características de recursos ambientais, fornecendo produtos para exploração e consumo e prestando serviços de uso indireto. É importante, portanto, a disseminação da prática da valoração da diversidade biológica. A redução da diversidade biológica compromete a sustentabilidade do meio ambiente e a disponibilidade permanente dos recursos ambientais.


Cálculos sobre a biodiversidade global, conduzidos por E.O. Wilson, da Universidade de Harvard, indicavam, em 1987, a existência de mais de 5 milhões de espécies de organismos. Entretanto, coletas intensivas conduzidas à época, principalmente na floresta tropical úmida, e com atenção concentrada nos insetos, permitiram projetar valor da ordem de 30 milhões de espécies. Novos trabalhos recentemente conduzidos estimaram que a biodiversidade do planeta pode alcançar valores ainda muito mais elevados, sendo admitida uma amplitude que vai de 10 a 100 milhões de espécies. A realidade dos fatos, entretando, é que o número de espécies hoje conhecido em todo o planeta está em torno de 1,7 milhões, valor que atesta o elevado grau de desconhecimento
da biodiversidade, mormente nas regiões tropicais.

Terra




Estrutura da Terra

O interior da Terra, assim como o interior de outros planetas rochosos, é dividido por critérios químicos em uma camada externa (crosta) de silício, um manto altamente viscoso, e um núcleo que consiste de uma porção sólida envolvida por uma pequena camada líquida. Esta camada líquida dá origem a um campo magnético devido a convecção de seu material, eletricamente condutor.
O material do interior da Terra encontra frequentemente a possibilidade de chegar à superfície, através de
erupções vulcânicas e fendas oceânicas. Muito da superfície terrestre é relativamente novo, tendo menos de 100 milhões de anos; as partes mais velhas da crosta terrestre têm até 4,4 mil milhões de anos.
Camadas terrestres, a partir da superfície:
Crosta (de 0 a 30/35 km)
Litosfera (de 0 a 60,2 km)
Astenosfera (de 100 a 700 km)
Manto (de 60 a 2900 km)
Núcleo externo (líquido - de 2900 a 5100 km)
Núcleo interno (sólido - além de 5100 km)
Tomada por inteiro, a Terra possui, aproximadamente, a seguinte composição em massa:
34,6% de
Ferro
30,2% de
Oxigênio
15,2% de
Silício
12,7% de
Magnésio
2,4% de
Níquel
1,9% de
Enxofre
0,05% de
Titânio
O interior da Terra atinge temperaturas de 5.270
K. O calor interno do planeta foi gerado inicialmente durante sua formação, e calor adicional é constantemente gerado pelo decaimento de elementos radioativos como urânio, tório, e potássio. O fluxo de calor do interior para a superfície é pequeno se comparado à energia recebida pelo Sol (a razão é de 1/20k).



A Terra é um planeta do Sistema Solar, sendo o terceiro em ordem de afastamento do Sol e o quinto em diâmetro. É o maior dos quatro planetas rochosos . Entre os planetas do sistema, a Terra tem condiçõe


s únicas: mantém grandes quantidades de água em estado líquido, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos. A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário conhecido que possui vida da forma a qual conhecemos. Alguns cientistas como James Lovelock consideram que a Terra é um sistema vivo chamado Gaia.
O planeta Terra tem aproximadamente uma forma esférica, mas a sua
rotação causa uma pequena deformação para a forma elipsoidal (achatada aos pólos). A forma real da Terra é chamada de Geóide, apresenta forma muito irregular, ondulada, matematicamente complexa.


Segundo Júlio Verne, o centro da Terra é feito de um material rochoso em estado líquido denominado comumente como magma, e que aflora em formato de lava nos vulcões. Mas é claro que nós já somos gente crescidinha e sabemos que isso é pura ficção e que o centro da terra fica depois da Caverna do Dragão e do Reino dos Mafagafos e dos Lemmings. Segundo alguns boatos, há um atalho que leva ao centro da terra perto da Marginal Tietê, pegando o caminho que leva a Capão Redondo e à República dos Jóqueis, aqueles corredores de hipódromos. (E lembre-se de não pegar a segunda rua à direita no atalho, pois você pode acabar chegando ao No centro da Terra existe a civilização perdida dos objetos perdidos. É lá que vivem as meias sem par, as tampas de canetas BIC, os guarda-chuvas esquecidos nos metrôs, os filhos pequenos de grandes famílias, os clipes de papel enferrujados e outros objetos estranhos.
De fato, quando uma meia pink se sente meio blue, ela decide abandonar o relacionamento com o outro pé e se muda de mala e cuia pro centro da
Terra, onde prefere viver uma vida de celibato, espiritualidade e meditação.
As tampas de BIC normalmente viram limpadores de ouvido. Muitas destas tampas, principalmente as vermelhas, têm medo de altura e alergia a
piolhos. Enquanto isso, fora do centro da Terra, os corpos das tampas de BIC ficam solitários, mas podem passar os restos de seus dias escrevendo bobagens, ou fazendo contas, ou sendo sacudidos e esfregados quando a tinta está para acabar.
Os clipes de papel enferrujados vão para o centro da Terra somente para morrer, em uma migração semelhante à do salmão canadense, só que em vez de subir o rio, eles descem – ainda que só até certo ponto, uma vez que depois do centro da Terra a descida vira subida.

Desenvolvimento Sustentável


Você já parou para pensar no que significa a palavra "progresso"?

Pois então pense: estradas, indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas que ainda estão por vir e que não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas partes desse processo todo são muito boas, pois melhoram a qualidade de vida dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação, saúde, etc. Mas agora pense só: será que tudo isso de bom não tem nenhum preço? Será que para ter toda essa facilidade de vida nós, humanos, não pagamos nada?
Você já ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois é, nesse caso não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a Natureza. Um estudioso do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar devido a uma guerra nuclear ou a uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe qualquer) do que acabar pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em nosso planeta. Você acha que isso tudo é um exagero? Então vamos trocar algumas idéias.


E o Desenvolvimento Sustentável?


O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
"A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades".


Ficou confuso com tudo isso? Então calma, vamos por partes. Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência).


Será que dá para fazer isso?

Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?


Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: "equilíbrio entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça social".
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; é aqui que entra uma questão sobre a qual talvez você nunca tenha pensado: qual a diferença entre crescimento e desenvolvimento? A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
* A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc);
* A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver);
* A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);
*A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);


* A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios);
*A efetivação dos programas educativos.

O Carbono - ciclo do carbono


O carbono está constantemente entrando na atmosfera na forma de dióxido de carbono, metano e outros gases. Ao mesmo tempo, ele está sendo removido por plantas verdes, pelos oceanos e de outras maneiras. Esse é o ciclo do carbono. O equilíbrio no ciclo é vital para determinar o clima da Terra.
O carbono é um componente essencial de nossos corpos, do alimento que comemos, das roupas que vestimos, a maior parte do combustível que queimamos e muitos outros materiais que usamos. Mais de 90% dos compostos químicos conhecidos contêm carbono. Isso não é de surpreender, já que o carbono se combina muito facilmente com outros elementos e com si mesmo.
A maior parte do carbono da Terra está em compostos encontrados em sedimentos e em rochas sedimentares. Comparativamente pouco está na atmosfera.



Bilhões de toneladas métricas


Sedimentos sob as águas e rochas sedimentares
80,000,000


Água oceânica, conchas e organismos
40,000


Combustível fóssil (petróleo, gás e carvão)
4,000


Material orgânico no solo
1,500


Atmosfera
825


Plantas terrestres
580



Átomos do carbono estão continuamente sendo trocados entre organismos vivos e mortos, a atmosfera, os oceanos, as rochas e o solo. Com cada inspiração, liberamos CO2 de nossos pulmões para a atmosfera, que contém átomos de carbono de plantas e animais que comemos. Os átomos de carbono que estão nos nossos corpos hoje podem ter estado, anteriormente, em muitas plantas e animais diferentes, incluindo talvez dinossauros e outras criaturas extintas.
A distribuição de carbono entre atmosfera, organismos, terra e oceanos se alterou com o tempo. Cerca de 550 milhões de anos atrás a concentração de CO2 na atmosfera era de 7.000 partes por milhão, mais de 18 vezes o que é hoje. Onde foi todo aquele carbono atmosférico? Em sua maior parte, acabou como rochas sedimentares como calcário. Como isso aconteceu é parte da história maior do ciclo do carbono.
O ciclo do carbono é uma combinação de muitos processos biológicos, químicos e físicos que movem o carbono.

Inversão Térmica

A inversão térmica é um fenômeno natural meteorológico que ocorre mais facilmente no final da madrugada e no início da manhã e principalmente nos meses de inverno. Manifesta-se quando o ar quente retido nas altitudes impede a elevação do ar frio que por ser mais denso e pesado encontra dificuldades ainda maiores para subir. Esse processo ainda faz com que os poluentes lançados na atmosfera permaneçam retidos nela juntamente com o ar frio. Tal fenômeno pode ocorrer em qualquer parte do planeta, mas tende a acontecer com mais facilidade em regiões onde o solo recebe mais calor durante o dia e perde mais calor durante a noite. A inversão térmica pode ser vista através do fecho de luz que divide o céu no período em que começa a anoitecer. A coloração desse fenômeno é cinza alaranjada, cor que caracteriza a presença dos poluentes. Apesar de ser um fenômeno natural, a inversão térmica provoca problemas de saúde como pneumonia, bronquite, enfisemas, asma, cansaço e outros problemas que ataca, principalmente, indivíduos mais frágeis como as crianças, os doentes e os idosos.
Por Gabriela Cabral

Aquecimento Global

Conseqüências do aquecimento global - Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
Protocolo de KyotoEste protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
Conferência de Bali Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (
Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012


Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.
A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados,
ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.
Pesquisadores do
clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O
desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global

sábado, 23 de maio de 2009

Grupo Terra


Grupo Água

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Pesquisas para a feira de ciências

GRUPO FOGO

Grupo Ar











Hoje foi um dia muito produtivo.
Parabéns 6º B.
Bjos da tia Alê!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Utilização da agua na navegação



Nos cruzeiros e barcos de transporte existem muitas e diferentes tarefas no que respeita ao tratamento da água: tratamento de água para beber, tratamento de efluentes, tratamento de água para banhos.
Os barcos de grande porte são auto-suficientes na provisão de água potável. Para isso os barcos estão equipados com sistemas de osmose inversa, que prepara água potável da água do mar através da remoção da salinidade. Os barcos podem extrair água salgada fora da zona das 15 milhas.
Antes da água do mar chegar à unidade de Osmose Reversa, é desinfetada com cloro e armazenada em tanques. Em seguida o cloro é eliminado de modo a que não haja danificação das membranas que são sensíveis a este químico. Após a passagem pela unidade e consequente remoção dos sais da água do mar, é novamente clorinada e bombeada para tanques de armazenamento, onde é armazenada para utilização posterior.
Tanto na cloração como na eliminação do cloro (por exemplo, com sulfito de sódio), os valores da água desejados são determinados através da utilização da tecnologia de medição e controle da ProMinent. As bombas dosadoras e os sistemas de dosagem completos da ProMinent injetam os diferentes químicos necessários.
Outra possibilidade de fornecimento de água potável é o armazenamento de água nos portos. Os tanques de água dos navios são cheios com água potável da rede municipal. Neste caso injeta-se cloro proporcionalmente ao volume de água de entrada nos tanques. Isto também poderá ser feito através das bombas dosadoras e sistemas de dosagem completos da ProMinent. Os sistemas de medição e controle da ProMinent controlarão e registarão os valores pretendidos.
Além do tratamento da água para beber existem muitas outras tarefas necessárias nos navios:
Tratamento dos efluentes
Tratamento de água para banhos (piscinas, hidromassagem, sauna, etc)
Tratamento de água de processo (para a água de arrefecimento dos propulsores, água das caldeiras, etc)
Também nesta área estamos prontos a ir de encontro às vossas necessidades, fornecendo os sistemas de dosagem, medição e controle e dando todo o nosso conhecimento.

Utilização da agua no uso agropecuário



Atividade econômica alguma no mundo se desenvolve sem água. Mas a agricultura é uma das que mais demanda, em volume, os recursos hídricos. A produção de alimentos mundial responde por 70,2% do consumo de água que vem dos mananciais. A seguir, os maiores usos são a produção industrial e o abastecimento humano domiciliar. No Brasil, os índices não são muito diferentes e acompanham a proporção mundial. De acordo com o professor de sistemas de irrigação e drenagem do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB - Universidade de Brasília, Demetrios Christofidis, a agropecuária no Brasil responde por 69% do volume de água retirado dos mananciais. O abastecimento doméstico e a atividade industrial são, na seqüência, os maiores usuários, com 21% e 18%, respectivamente, de volume utilizado. Os dados são de 2002. Essas constatações, presentes nos Cadernos Setoriais dos Recursos Hídricos que o Ministério do Meio Ambiente publicou recentemente, indicam que é preciso conhecer bem como o setor usa a água para gerenciar bem um recurso que não é infinito. A irrigação, por exemplo, segundo dados da ANA - Agência Nacional de Águas de 2005 responde por 69% dos usos. As categorias seguintes, de acordo com estudos da agência que regula o uso da água, são o uso urbano (11%), o abastecimento animal (11%), o uso industrial (7%) e o abastecimento rural (2%). Os percentuais correspondem às vazões efetivamente consumidas. “O futuro da alimentação no mundo virá da irrigação. Cerca de 80% da produção de alimentos virá da agricultura irrigada, um aumento que corresponderá a um acréscimo no consumo de água de apenas 15%”, constata Christofidis. Segundo ele, a agricultura irrigada hoje tem tecnologia para fazer pequenas aplicações de água e para reaproveitar o recurso. O grande vilão, responsável pela destruição dos recursos hídricos, segundo o professor da UnB, é a agricultura de sequeiro, aquela que depende da chuva e promove a abertura de frentes agrícolas. Com o desmatamento para a abertura das frentes, a agricultura de sequeiro torna-se responsável por grande parte da erosão no meio rural. “Sem proteção no solo, os sedimentos são carregados pela chuva, assoreando os rios”, observa Christofidis. Para o agricultor Jairo dos Santos Lousa, representante dos irrigantes no CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos, não há porque crucificar a irrigação. “A produtividade na agricultura irrigada é bem maior e isso deveria ser considerado na hora de planejar políticas públicas para o setor. O arroz de sequeiro, por exemplo, rende 2 toneladas por hectare e o inundado de 8 a 10 toneladas", calcula Lousa. "Os que irrigam no Centro-Oeste produzem até três safras. Se não estão colhendo, estão plantando. Tem sempre trabalho. As agroindústrias, por conta disso, trabalham em até três turnos. Isso é emprego e renda.” Um dos desafios é tornar a irrigação mais eficiente. Hoje, perde-se 35% do que se retira de água dos mananciais na condução do recurso ou ainda na distribuição propriamente dita. A pecuária também demanda grandes quantidade de água, com a manutenção do rebanho, na fase do abate, no preparo agroindustrial dos cortes e na oferta de produtos derivados, tais como leite e ovos. Esse panorama está detalha nos Cadernos Setoriais dos Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente. Os documentos serão distribuídos para prefeituras, conselhos estaduais de recursos hídricos, comitês de bacias hidrográficas e organizações não-governamentais. O objetivo, segundo o diretor do Programa de Estruturação da Secretaria de Recursos Hídricos, Márley Caetano de Mendonça, é ajudar a todos os gestores da água a elaborar seus planos e implementar as diretrizes do plano nacional. Márley acredita que, com a divulgação do material, e a elaboração de planos estaduais de recursos hídricos, o planejamento do uso da água vai se tornar cada vez mais racional. “Se a irrigação não usa técnicas racionais, que leva ao desperdício, tem que ter diagnóstico frio para trabalhar na reversão disso. Para nos ajudar nesse trabalho, temos uma enorme base de dados, que são os cadernos setoriais e também os regionais, diagnóstico do uso da água feito por região hidrográfica.” (Lana Cristina/ Agência Brasil)