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PROJETO MACROPEDAGÓGICO 2009

FORMAÇÃO
do indivíduo
TRANSFORMAÇÃO
da sociedade

sábado, 12 de setembro de 2009



Bioma Cerrado

O bioma Cerrado contém uma das mais ricas floras dentre as savanas mundiais, este abrange uma vasta extensão territorial ocupando mais de 20 graus de latitude e 10 graus de longitude e, contém as três maiores bacias hidrográficas sul-americanas. No entanto, seus ambientes naturais estão sendo rapidamente convertidos em pastagens e cultivos agrícolas. Por essas razões este foi identificado como um dos mais ricos e ameaçados ecossistemas mundiais. O bioma Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos Estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados. É o segundo maior bioma brasileiro e encontra-se bastante ameaçado pela franca expansão agrícola, assim como pelo processo de urbanização. Uma das particularidades desse bioma é que, apesar de apresentar uma vegetação de dossel mais baixo, dependendo de suas variações, com árvores tortas, troncos e galhos revestidos por uma camada mais grossa e seca, ocorre em região rica em água subterrânea, portanto a aparência das árvores e dos arbustos é mais uma proteção contra as temperaturas mais elevadas e a baixa umidade relativa do ar. Está entre os biomas de maior biodiversidade brasileira.




A fauna do Cerrado é composta por várias espécies de répteis, mamíferos, anfíbios, insetos, peixes e aves. Com relação à mastofauna do Cerrado ela apresenta cerca de 194 espécies sendo 18 endêmicas, ou seja, são aquelas espécies que são encontradas apenas no Cerrado, como exemplo o tatu canastra, cachorro vinagre, tamanduá bandeira e outros que também estão na lista de animais ameaçados de extinção devido ao desmatamento do Cerrado para a produção de grãos, com isso destruindo o seu habitat natural. Por apresentar diferentes fitofisionomia o Cerrado possui uma grande diversidade de anfíbios e répteis. Estudos já realizados em diversos pontos do bioma já registraram aproximadamente 113 espécies de anfíbios sendo 32 endêmicas, no caso dos répteis já foram catalogadas 115 espécies de serpentes sendo, 59 lagartos e 25 anfisbena. Estes números são revisados a cada ano com novas espécies de répteis e anfíbios descritas por pesquisadores do mundo inteiro. Das 1.796 espécies de aves que são encontradas no Brasil, cerca de 837 ocorrem no bioma Cerrado, por ser um considerável número de exemplares são poucas as espécies endêmicas chegando a 32. Algumas são bem conhecidas o soldadinho (Antilophia galeata) encontrado em mata de galeria, o tiziu (Volatina jacarina), a seriema (Cariama cristata ), a gralha-do-campo ( Cyanocorax cristatellus ), o papagaio-galego ( Amazona xanthops ) a ema ( Rhea americana), o bem-te-vi ( Pitangus sulphuratus ), a corruíra ( Troglodytes aedon ).







A relação que há entre os organismos vivos e os recursos naturais em todos os níveis da matéria, orgânica ou não, acontece de forma bastante harmoniosa. Grande parte da humanidade, baseada em um conceito individualista e capitalista tem colocado a frente dos interesses mundiais um modelo de sociedade de consumo que não traz ao meio ambiente, e consequentemente à sociedade, nenhum benefício. Atualmente temos observado o crescimento do idealismo ambiental se espalhando por diversos paises com a bandeira de que devemos rever os mecanismos de utilização dos recursos ambientais, desenvolver técnicas, ferrramentas, modelos de gestão e projetos que tornem sustentáveis a interação do Homem com a natureza. O maior paradigma do século XXI, considerado por vários especialistas, é a causa ambiental. O Brasil possui seis biomas continentais mais o bioma marinho. Todos juntos representam um quinto de toda a biodiversidade mundial. Sendo mais preciso, o Brasil é dono da maior biodiversidade do mundo! É o país com o maior volume de água continental do planeta, com o maior índice de espécies únicas e com milhões de kilometros de florestas distribuídas pelos seus diversos tipos de biomas, entre eles o Cerrado. Em 2007 o Brasil atingiu no ranking dos países mais ricos do mundo o 8º lugar. Aproximadamente 50% do nosso PIB (Produto Interno Bruto) é baseado na biodiversidade. Essa relação desproporcional de consumo mundial e degradação ambiental deve ser revista. O Brasil possui as melhores leis ambientais do mundo e é com certeza um dos maiores atores ambientais mundial se comparado aos países industrializados. No entanto, tudo que já foi feito é pouco comparado a demanda por recursos naturais. O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, é parte desse contexto ambiental. Entende-se por bioma um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria. A relação do ser humano com o cerrado é desastrosa. Atualmente já perdeu mais da metade de sua cobertura inicial. A taxa atual de desmatamento atinge níveis alarmantes de preocupação, o que o coloca entre os 25 biomas mais ameaçados do mundo. Ao contrario do que muitos pensam, o Cerrado é a savana mais rica em biodiversidade do mundo, possuindo milhões de espécies vegetais e animais, contribui enormemente para a formação das três principais bacias hidrográficas do país, como também para a formação de outros muitos rios. Baseado na idéia de conservar, defender e pesquisar o bioma Cerrado e sua relação com sociedade, o Instituto Cerrado de Conservação e Pesquisa foi criado e desempenha atividades diversas que fortalece a sua missão conservacionista, defendendo fielmente que a conservação está dentro de cada um de nós

Distribuição do Cerrado



O cerrado é a segunda maior região biogeográfica do Brasil, se estende por 25% do território nacional, cerca de 200 milhões de hectares (4), englobando 12 estados. Sua área "core", ou nuclear, ocupa toda a área do Brasil central, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a região sul de Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal.


Prolongações da área "core" do cerrado, denominadas áreas marginais, estendem-se, em direção ao norte do país, alcançando a região centro-sul do Maranhão e norte do Piauí, para oeste, até Rondônia, existem ainda fragmentos desta vegetação, formando as áreas disjuntas do cerrado, que ocupam 1/5 do estado de São Paulo, e os estados de Rondônia e Amapá.

Podem ser encontradas ainda manchas de Cerrado incrustadas na região da caatinga, floresta atlântica e floresta amazônica.

Devido a sua localização, o cerrado, compartilha espécimes com a maioria dos biomas brasileiros (floresta amazônica, caatinga e floresta atlântica). devido a esse fato possui uma biodiversidade comparável a da floresta amazônica. Contudo devido ao alto grau de endemismo, cerca de 45% de suas espécies são exclusivas de algumas regiões (4), e a ocupação desordenada e destrutiva de sua área o cerrado é hoje o ecossistema brasileiro que mais sofre agressões por parte do "desenvolvimento".

Características do Cerrado




A província do cerrado, como denominada por EITEN, englobando 1/3 da biota brasileira e 5% da flora e fauna mundiais.É caracterizada por uma vegetação savanícola tropical composta, principalmente de gramíneas, arbustos e árvores esparsas, que dão origem a variados tipos fisionômicos, caracterizados pela heterogeneidade de sua distribuição.

Muitos autores aceitam a hipótese do oligotrofismo distrófico para formação do Cerrado, sua vegetação com marcantes característica adaptativas a ambientes áridos, folhas largas, espessas e pilosas, caule extremamente suberizado, etc. Contudo apesar de sua aparência xeromórfica, a vegetação do cerrado situa-se em regiões com precipitação média anula de 1500 mm, estações bem definidas, em média com 6 meses de seca, solos extremamente ácidos, profundos, com deficiência nutricional e alto teor de alumínio.
Segundo EITEN os tipos fisionômicos do cerrado (latu sensu) se distribuem de acordo com três aspectos do substrato onde se desenvolvem: a fertilidade e o teor de alumínio disponível; a profundidade; e o grau de saturação hídrica da camada superficial e subsurpeficial. Os principais tipos de vegetação são:
TIPOS DE INTERFLÚVIO
Cerrado (strictu sensu) - é a vegetação característica do cerrado, composta por exemplares arbustivo-arbóreos, de caules e galhos grossos e retorcidos, distribuídos de forma ligeiramente esparsa, intercalados por uma cobertura de ervas, gramíneas e espécies semi-arbustivas.
Floresta mesofítica de interflúvio (cerradão) - este tipo de vegetação cresce sob solos bem drenados e relativamente ricos em nutrientes, as copas das árvores, que medem em média de 8-10 metros de altura, tocam-se o que denota um aspecto fechado a esta vegetação.
Campo rupestre - encontrado em áreas de contato do cerrado com o caatinga e floresta atlântica, os solos deste tipo fisionômico são quase sempre rasos e sofrem bruscas variações em relação a profundidade, drenagem e conteúdo nutricional. É caracteristicamente, composto por uma vegetação arbustiva de distribuição aberta ou fechada. Campos litossólicos miscelâneos - são caracterizados pela presença de um substrato duro, rocha mãe, e a quase inexistência de solo macio, este quando presente não ocupa mais que poucos centímetros de profundidade até se deparar com a camada rochosa pela qual não passam nem umidade nem raízes. Sua flora é caracterizada por um tapete de ervas latifoliadas ou de gramíneas curtas, havendo em geral a ausências de exemplares arbustivos, ou a presença de raríssimos espécimes lenhosos, neste caso enraizados em frestas da camada rochosa. Vegetação de afloramento de rocha maciça - representada por cactos, liquens, musgos, bromélias, ervas e raríssimas árvores e arbustos, cresce sob penhascos e morros rochosos.
TIPOS ASSOCIADOS A CURSOS D'ÁGUA
Florestas de galerias e florestas de encosta associadas - são tipos de vegetação que ocorrem de modo adjacente, estão associados a proximidade do lençol freático da superfície do solo. Assim como as florestas mesofíticas, constituem um tipo florestal, contudo estão situadas sob solos mais férteis e com maior disponibilidade hídrica, o que lhes atribui uma característica mais densa.
Buritizais e veredas - ocorrem nos fundos vales em áreas inundadas, inviáveis para o desenvolvimento das florestas de galerias. São caracterizados pela presença dos denominados "brejos" e a ocorrência de agrupamento de exemplares de buriti (Mauritia vinifera M.), nas áreas mais úmidas, e babaçu (Orbignya barbosiana B) e carnaúba (Copernicia prunifera M), em éreas mais secas.
Campo úmido - caracterizado por um campo limpo, com raras espécimes arbóreas, que permanece encharcado durante a época chuvosa e ressecado na estação seca, ou no final desta, em geral constitui uma área de transição que separa a floresta de galeria ou vereda do cerrado de interflúvio.

CERRADO

Quem já viajou pelo interior do Brasil, através de estados como Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul, certamente atravessou extensos chapadões, cobertos por uma vegetação de pequenas árvores retorcidas, dispersas em meio a um tapete de gramíneas - o cerrado. Durante os meses quentes de verão, quando as chuvas se concentram e os dias são mais longos, tudo ali é muito verde. No inverno, ao contrário, o capim amarelece e seca; quase todas as árvores e arbustos, por sua vez, trocam a folhagem senescente por outra totalmente nova. Mas não o fazem todos os indivíduos a um só tempo, como nas caatingas nordestinas. Enquanto alguns ainda mantém suas folhas verdes, outros já as apresentam amarelas ou pardacentas, e outros já se despiram totalmente delas. Assim, o cerrado não se comporta como uma vegetação caducifolia, embora cada um de seus indivíduos arbóreos e arbustivos o sejam, porém independentemente uns dos outros. Mesmo no auge da sêca, o cerrado apresenta algum verde no seu estrato arbóreo-arbustivo. Suas espécies lenhosas são caducifolias, mas a vegetação como um todo não.
É a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso. Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade .
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal.O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.

Os Cerrados apresentam relevos variados, embora predominem os amplos planaltos. Metade do Cerrado situa-se entre 300 e 600m acima do nível do mar, e apenas 5,5% atingem uma altitude acima de 900m. Em pelo menos 2/3 da região o inverno é demarcado por um período de seca que prolonga-se por cinco a seis meses. Seu solo esconde um grande manancial de água, que alimenta seus rios



Pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas – esses são os Cerrados, uma extensa área de cerca de 200 milhões de hectares, equivalente, em tamanho, a toda a Europa Ocidental. A paisagem é agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a economia do país.
Entre as espécies vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. Debaixo dessas árvores crescem diferentes tipos de capim, como o capim-flecha, que pode atingir uma altura de 2,5m. Onde corre um rio ou córrego, encontram-se as matas ciliares, ou matas de galeria, que são densas florestas estreitas, de árvores maiores, que margeiam os cursos d’água. Nos brejos, próximos às nascentes de água, o buriti domina a paisagem e forma as veredas de buriti

O fogo no Cerrado


Ao longo de toda sua extensão o Bioma Cerrado pode ser caracterizado basicamente pela predominância das formações de cerrado stricto sensu (savanas) na paisagem. Contudo, o bioma não é formado somente por savanas, também abrigando formações vegetais que vão de campos limpos a exuberantes florestas (que podem estar ou não associadas a cursos d’água). Mas qual seria, então, o fator responsável pela atual proporção entre as formações florestais, savânicas e campestres ao longo do bioma


Atualmente é amplamente aceito que clima, solos e fogo são altamente interativos nos seus efeitos sobre a vegetação no Bioma Cerrado. Apesar de fundamental importância, chuvas sazonais e baixa fertilidade de solo parecem ser insuficientes para explicar a presente distribuição da vegetação de savana ao longo do bioma. Por exemplo, vastas áreas no sudeste do Brasil com forte sazonalidade pluviométrica e solos com baixos teores de nutrientes (como o leste de Minas Gerais) têm uma cobertura contínua de florestas semidecíduas e não são ocupadas por cerrado.
O fogo assume, então, papel de fator chave para explicar a atual proporção entre as diferentes formações vegetais no bioma. Porém, dizer simplesmente que o fogo é um componente natural no Cerrado acaba por encobrir o principal responsável pela sua ocorrência na atualidade: o próprio homem, e deliberadamente na maior parte dos casos. - O fogo é natural do Cerrado VÍRGULA - A ocupação humana na região alterou drasticamente o regime natural das queimadas (época do ano e freqüência) trazendo conseqüências para estrutura da vegetação e sua composição florística. Não estamos falando aqui somente da ocupação pelos sertanejos contemporâneos. A literatura é abundante em evidências de que o homem toca fogo no Cerrado há pelo menos 10.000 anos.
Se parece razoável supor que raios são o principal agente causador de queimadas naturais, devemos considerar que sua maior incidência está concentrada durante a estação das chuvas, quando o teor de umidade na superfície do solo e na vegetação está bem mais elevado. Freqüência, intensidade e extensão das queimadas eram bem menores quando o fogo no Cerrado ocorria apenas (ou predominantemente) devido a causas naturais.
O fogo em alta freqüência tende a favorecer as fisionomias mais abertas, como os campos, onde há espécies que florescem e frutificam em abundância após as queimadas, nos proporcionando belos espetáculos. Entretanto, o esplendor pós-fogo proporcionado pela floração de algumas espécies ofusca a gradual perda de diversidade e drástica alteração na estrutura da vegetação que ocorrem quando as queimadas são muito freqüentes.


A expectativa, corroborada por estudos recentes, é de um aumento na cobertura vegetal se diminui a freqüência de fogo. Alta incidência de fogo (queimadas anuais ou bianuais, p.ex.) tende a manter a vegetação em estádios sucessionais mais iniciais. Não levar isto em consideração pode nos induzir ao erro em trabalhos de caracterização voltada ao manejo ou conservação da flora. São muitos os locais onde poderíamos encontrar matas semideciduais no lugar de atuais fisionomias de cerrado (savana), locais onde haveria cerrados mais densos ou até cerradões, onde hoje se vê campos e cerrados ralos. Isto nos é mostrado claramente quando associamos flora, estrutura da vegetação e histórico do fogo no local. Indivíduos de espécies tipicamente arbóreas podem ser mantidos como um arbusto de poucos centímetros de altura, se lhe pegam fogo todos os anos.



Os planos e ações de prevenção e controle do fogo normalmente são desarticuladas, as campanhas publicitárias de conscientização veiculadas nos grande meios de comunicação parecem errar o alvo, pois são focadas nos “motoristas descuidados”. O trabalho das brigadas de incêndio torna-se inglório, pois, por mais fogo que se apague mais fogo virá. Está claro para mim que a maneira mais eficiente de combater as queimadas é antes que elas ocorram, por meio de programas e ações de educação em várias frentes. O que pode ser feito com a formulação de políticas públicas integradas, incorporando a questão das causas e efeitos do fogo no Cerrado, que contemplem e articulem os diversos agentes na região e suas respectivas unidades de gestão (sejam propriedades particulares, unidades de conservação, municípios, etc.). Ninguém vai resolver sozinho o problema das queimadas, pois como se diz: o fogo anda e todos temos vizinhos.




Referências e sugestões bibliográficas:
Hoffmann, W.A. & Moreira, A.G. 2002. The Role of Fire in Population Dynamics of Woody Plants. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 159-177. Nova York. Columbia University Press.
Ledru, M. 2002. Late Quaternary History and Evolution of the Cerrados as Revealed by Palinological Records. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 33-50. Nova York. Columbia University Press.
Miranda, H. S. 2000. Queimadas de Cerrado: Caracterização e impactos na vegetação. In Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF, pp.133-149. Brasília: Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
Miranda, H. S., E. P. Rocha e Silva, e A. C. Miranda. 1996. Comportamento do fogo em queimadas de campo sujo. In H. S. Miranda, C. H. Saito e B. F. S. Dias, eds., Impactos de Queimadas em Áreas de Cerrado e Restinga, pp1-10. Brasília: ECL/Universidade de Brasília.
Miranda, H. S., Bustamante, M. M. C. & Miranda, A. C. 2002. The Fire Factor. In Oliveira, P. S. e Marquis, R. J., eds., The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna, pp. 51-68. Nova York. Columbia University Press.

Cerrado


De maneira geral e simplificada, o termo cerrado pode ser empregado com dois sentidos diferentes. Um deles diz respeito ao segundo maior bioma do Brasil, com cerca de 2.000.000 Km2, que deve ser escrito com letra maiúscula - Cerrado. O termo cerrado também é empregado para designar localmente as savanas, formações vegetais que predominam na paisagem do bioma.


Savana é o nome dado às formações vegetais que apresentam árvores retorcidas, não muito altas, em meio a um extenso "capinzal" rasteiro. Além de abrigar o conjunto de savanas com maior biodiversidade do planeta, o bioma Cerrado é um mosaico composto por formações vegetais que vão de campos limpos a diversos tipos de florestas.


Quando falamos "cerrado stricto sensu" estamos nos referindo apenas às formações savânicas, já o termo "cerrado lato sensu" abrange, as formações campestres até os cerradões, incluindo as savanas.


Para aprofundar os estudos sobre as caracterizações e propostas de classificações para fitofisionomias do Cerrado leia:


Ribeiro, J.F.; Walter, B.M.T., 1998. Fitofisionomias do Bioma Cerrado. In Cerrado: Ambiente e Flora. Planaltina: EMPRAPA-CPAC, 1998. pp. 89-166.
Oliveira-Filho, A.T. & Ratter, J.A., 2002. Vegetation Physiognomies and Woody Flora of the Cerrado Biome. In Oliveira, P.S. & Marquis, R.J. The Cerrados of Brazil: ecology and natural history of a neotropical savanna. New York. Columbia University Press
"Não temos nas mãos, a solução para todos os problemas do mundo, mas diante dos problemas do mundo,temos nossas mãos".

Autor desconhecido

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Planejamento da feira


Passamos um dia bem gostoso